Paranapiacaba no pedal

Era uma ideia, e tinha uns 60% de sair errado, um dia que poderia ser chuvoso. 

Pois não é que deu certo?

Eram três com disposição de ir, aí com a desistência de um grupo que iria no sábado, e acreditou que a chuva viria... foram mais pessoas.

Quando encontramos no local marcado no domingo 7 horas, eram sete ciclistas, encontraríamos mais um no caminho.

Pedal em andamento, subidas da  Belmira Marim, no Grajaú, que não é fácil, são subidas mesmo.

Logo alcançamos a balsa, por onde atravessamos para ilha do Bororé.
Até reunimos ciclistas de alguns grupos, Pedal Existencial, Ascibikers, Roda Presa. Também estava presente o Rafael que está em tudo quanto é grupo, mas ultimamente no Pedala Grajaú.




Travessia, é um momento de bate papo, descontração, constatar que nossa represa está poluída, e que até na entrada para balsa já tem sujeira acumulada.

Frascos de água, refrigerante, latinhas, papel, plástico ...  Além daquelas águas receberem esgoto de tudo quanto é lado...

Ilha do Bororé, alcançamos a Capela de São Sebastião, construída em 1904, um marco histórico, sempre costumamos fazer uma parada bater umas fotos, admirar essa resistente igreja.

Pedalando mais adiante, chegamos até uma picada, uma estreita passagem, onde passamos com as bikes e acessamos o rodoanel Mario Covas.

Empurrando a bike ainda notei que havia uma camisa, talvez moleton, entrelaçada na terra onde passamos, esperando se desintegrar e por quanto tempo isso ainda pode levar?... pensei.

Pulando a proteção que separa as pistas, passando a bike, logo acessamos o rodoanel.

Ótimo acostamento boa condição para pedalar, e o tempo nublado, olhando no horizonte o ceú parecia escurecer. A previsão já anunciava 60% de chances de chuva.




Antes de chegar à Anchieta, encontramos os ciclistas canelas de aço, da Turma do Sesc, passando pelo grupo. Eles também decidiram por Paranapiacaba. Então agora éramos um grupo bem maior apostando naquela viagem.

Atingimos a Anchieta, depois Índio Tibiriçá, e fomos em frente.   Mais um ponto de encontro, em Rio Grande da Serra, onde todos pararam no enorme Totem com o nome da cidade.




Um momento de descanso, porque dali em diante, até Paranapiacaba vem a região de montanhas e o pedal é mais exigente, aí vale o preparo e a persistência.

O acostamento é muito bom. O céu nublado e nem timidamente surgia o sol, mas já estava bem mais claro o dia. Menos escuro o céu. Quem sabe não chove, era o que todos desejavam.




Onze e meia da manhã, sem nenhuma ocorrência, nem mesmo um pneu furado, chegamos em Paranapiacaba.







Aquela foto na frente da igreja de Bom Jesus de Paranapiacaba pra comemorar.  Eu e alguns colegas ainda entramos na igreja, para um breve momento de agradecimento.

Pude notar sobre o banco, aquele pó produzido por cupins. Uma igreja que faz parte do patrimônio da cidade, uma região muito úmida, e atacada por cupins daquele jeito. 

Ainda assim o momento de reflexão foi muito bom, havia silêncio e paz.

Desta vez, vou provar o sorvete de cambuci, pensei,  o fruto da região, e deixei os colegas no chopp e fui à procura daquela maquininha que produz o sorvete de casquinha. 

O pessoal da turma do sesc, já avançaram pra área onde fica a bica d'água.

Pouco depois estávamos num grupo almoçando.
Ainda tivemos a sorte de ouvir um músico tocando um som do Zé Ramalho. O Zé Carlos não perdeu a oportunidade e gravou.






A cidade parece que parou nos anos 70 ou pouco mais, principalmente na sonoridade. Lá se  ouve música do fundo do baú, mas vale à pena. Ver as marcas da época de ouro das ferrovias.

Carro não entra na cidade, pra isso tem um bolsão de estacionamento, só entram pessoas à pé, de bicicleta ou moto. As ruas são estreitas, de paralelepípedos, e a pequena cidade é dividida em duas montanhas.

Há uma charmosa passarela para atravessar sobre os trilhos que ficam num vale dividindo as montanhas. 

Já no final do almoço, começou a descer a neblina. Mas o clima continuava agradável, decidimos por voltar sempre pensando na chuva, que não veio.
Pedal foi tudo de bom, poderia ter chovido, mas não choveu, poderia ter sido uma sofrência, mas foi uma alegria. 

A volta também foi tranquila, e pra não dizer que não choveu nada, chegamos na volta pro rodoanel, com uma garoinha, e naquelas alturas, era refresco.

Aí uma parte dos colegas foi em frente, e outra parte onde eu estava, fomos ao posto policial, pra tomar aquele cafezinho quente. Uma base de apoio que temos ali, muito boa. Tem banheiros à disposição, bancos pra sentar e relaxar um pouco. Muito legal esse apoio da Polícia Militar.

Pedal desses alcançando mais de dois mil metros de elevação, é tudo que um ciclista gosta de encarar. E essa turma que se juntou ao acaso, curtiu em toda extensão. Parabéns galera, muito bom pedalar com esse grupo!

Participaram desta ciclo aventura:

*Douglas, *Marcelo, *Anderson, *Xuxu, Vitor, *Marcelo Ascibikers, *Vitor, *Roberto. Turma do Sesc; *José Carlos, *Gabriel, *Betão, *Onildo, *Robertão.



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